terça-feira, 31 de julho de 2012

HRT descobre gás na Bacia do Solimões (AM)

A HRT, petroleira brasileira de exploração e produção, anunciou a descoberta de gás no poço 1-HRT-8-AM, localizado na bacia do Solimões, no Amazonas. Iniciada em 17 de março deste ano, a perfuração alcançou uma profundidade entre 3.045 e 3.130 metros. O poço será revestido para a realização de testes de formação, buscando avaliar o potencial de produção dos reservatórios.
Instalado no município de Tefé (AM), o poço pertence ao bloco SOL-169, no Campo de Juruá, onde a empresa já descobriu gás em outras duas ocasiões, no poço 1-HRT 5-AM e no 1-HRT 2- AM. Ambos estão localizados a 32 e 22 quilômetros de distância, respectivamente, da atual descoberta.
Segundo nota divulgada, a descoberta “constitui mais um passo importante na avaliação do potencial gaseífero do Polo de Tefé na Bacia do Solimões”. O poço 1-HRT- 8-AM foi perfurado por uma sonda da Queiroz Galvão.
Divisão
A HRT opera na Bacia do Solimões (AM) e tem como sócia a empresa TNK-Brasil, uma subsidiária da TNK-BP, uma joint venture entre a russa TNK e a britânica BP. A empresa brasileira possui 55% de participação em 21 blocos exploratórios na Bacia do Solimões (AM). A petroleira não se restringe em explorações nacionais, pois também é operadora em dez blocos na costa da Namíbia, no oeste da áfrica, onde busca reservas de petróleo na camada pré-sal.
Insucesso
Recentemente, conforme publicado pelo NN, a HRT constatou que o poço 4-HRT-7D-AM não possui capacidade de produção. Localizado também na Bacia de Solimões (AM), o poço, cujo objetivo da perfuração foi testar a extensão para a região sudeste da descoberta de gás condensado, mostrou que não existe continuidade na direção perfurada.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Processamento Primário de Fluídos


Após os hidrocarbonetos sair do poço e chegar a superfície, é necessário fazer um PROCESAMENTO PRIMÁRIO antes de enviá-los às refinarias ou dar  outro destino.
A finalidade desse processamento é obviamente a separação do óleo, gás e água ; a retirada das impurezas e partes sólidas, tratamento da água produzida para reinjeção ou descarte. As  plantas de processamento mais complexas  condicionam e comprimem o gás, além de tratar o óleo e a águas produzidos.

VASOS SEPARADORES

Nos vasos separadores é onde ocorre a separação dos fluídos produzidos (água, óleo e gás). Podem ser bifásicos, quando ocorre apenas a separção gás/líquido, ou podem ser trifásicos, quando separam também óleo e água.

Quanto à forma, os vasos podem ser classificados em: horizontais e verticais. Normalmente se utilizam vasos separadores horizontais quando não há histórico de água no poço, e os vasos separadores verticais quando temos uma fase de água. Nos vasos verticais temos três saídas ( a mais inferior para a água , a do meio para o óleo e a superior para a fase gasosa), enquanto nos vasos horizntais temos apenas duas saídas. Ao lado tem-se uma ilustração de um vaso vertical do Projeto Campo-Escola da UFBA.

Em plantas mais complexas ( a exemplo de de plantas Offshore), os fluídos podem ser aquecidos em trocadores de calor antes de chegar aos separadores, com o objetivo dos fluídos entrar nos separadores a uma temperatura ideal para fazer a separação.



Após a separação água , óleo e gás seguem caminhos diferentes e destinos diferentes.

 O Gás Natural

Após sair dos separadores, o gás passa por um tratamento (condicionamento) para retirar os contaminates, como o enxofre e o gás carbônico e atender as especificações de mercado e de segurança. Esses contaminantes são agentes que causam corrosão  dos gasodutos, alé de diminuir os custos do transporte.

Após  a etapa de condicionamento do gás natural, ele é processado, ou seja, passa por um equipamento ( chamada de UPGN- Unidade de Processamento de Gás Natural), onde se separam as frações mais leves das mais pesadas ( de maior valor comercial).

O gás seco ( gás sem HC condensáveis) após essa etapa pode ser utilizado para o uso do método gás-lift, recuperação secundária, combustivel ou pode ser mandado para o flare( Figura ao lado).

O Óleo

O óleo depois que sai dos separadores é tratado para reduzir a quantidade de água emulsionada ainda existente e para a retirada de  sais, microoganismo e gases que encontram-se dissolvidos na fase de óleo. Os sais assim como os microorganismos, são corrosivos, então as susa retiradas são indipensáveis para a "saúde" das tubulações e tanques que esse óleo irá passar, até a sua chegada nas refinarias ( que aceitam no máximo um teor de sal de 285 mg/l).

A água, além de ser bastante salina( pH normalmente menor que 7)superdimensiona as instalações e equipamentos, a exemplo das bombas, causando um maior custo operacional. Ela deve ser retirada quase completamente, antes do óleo seguir seu caminho até as refinarias. O teor de BSW aceito pela maioria das refinarias  de 1 %.

A Água

Antes de ser reinjetada ou descartada, a água produzida deve ser tratada, passando por desgasificadores, para a retirada dos gases nela contido e filtrada para a retirada de areias e/ou ainda adicionar produtos químicos para diminuir alguns teores, como o de corrosão, caso se decida pela reinjeção da água.

O descarte da água deve seguir especificações do órgão competentes como IBAMA e ANP.



Em poços onshore, as empresas operadoras  constroem "estações de tratamentos" em uma localização estratégica , onde tratam todos os fluídos dos seus poços. Essas estações fazem todos esses processo, além de outros como desparafinação, de vários poços que empresa tem na região ( 200, 300 poços), para fazer todo o tratamento do óleo , do gás e da água antes de dar o seu destino final. Ao lado temos um fotografia da bateria de tanques de uma estação de tratamento.





Votação dos royalties impede confirmação da 11ª rodada de leilões neste ano

Enquanto isso,  o setor fica estagnado e sem perspectivas a curto/médio prazo......

Eleições municipais é o principal entrave para a realização do novo leilão de petróleo e gás 

A demora na realização da 11ª rodada de licitações de petróleo e gás da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem incomodado as empresas do setor petrolífero. A principal reivindicação é pelo fato das empresas serem contra a decisão da agência reguladora, que prefere realizar primeiro a votação da nova distribuição dos royalties entre os Estados para depois concretizar o novo leilão.
"Royalty é uma discussão complicada, dificilmente a gente (Congresso Nacional) vai conseguir votar neste ano", declarou o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Com a chegada das eleições municipais, modificar as regras dos royalties poderá impactar prejudicialmente nas campanhas eleitorais. A tendência é que a o novo leilão só ocorra no ano que vem, pois após as eleições municipais não haverá tempo hábil para a realização do mesmo.
Segundo o presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), João Carlos de Luca, o Brasil vai fechar este ano com a menor área em exploração (fase antes da produção) da sua história. "Serão 115 mil quilômetros quadrados de área em exploração no fim de 2012, ante 300 mil no ano passado. Se até 2015 não houver novas rodadas, o país não terá mais áreas sendo exploradas em 2016."
Todavia, a ANP trabalha com projeção de 200 mil a 250 mil quilômetros quadrados de área explorada ainda em 2012. A agência também acredita que só não haverá mais exploração caso não haja mais leilões nos próximos anos, o que é improvável, segundo a agência.
Com a estagnação dos leilões, as empresas buscam alternativas para continuarem investindo no setor. Uma das escolhas está sendo optar por regiões em desenvolvimento, como por exemplo, a África. O Brasil está começando a perder profissionais técnicos e equipamentos para os novos centros promissores.

Expectativa

A 11ª rodada de licitações das áreas de petróleo é aguardada com muita expectativa na indústria petrolífera, já que o último leilão ocorreu em 2008 e as áreas sob concessão das petroleiras vêm diminuindo. O governo disponibilizará 174 blocos nas regiões Norte e Nordeste, na área chamada Margem Equatorial, onde não possui nenhum bloco da camada pré-sal.

 Fonte : NN -A mídia do Petróleo 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

PB terá nova tentativa de exploração de petróleo

A Paraíba vive mais um momento de expectativa na exploração de petróleo. O consórcio Cowan Petróleo e Gás/Lábrea Petróleo prevê para agosto deste ano o início da exploração de poços de petróleo na Bacia do Rio do Peixe, no Sertão paraibano.

De acordo com o engenheiro de produção da empresa, Tiago Toller, o investimento da iniciativa na região da Bacia do Rio do Peixe está orçado em, aproximadamente, R$ 1,5 milhão.

Inicialmente, o consórcio trabalhará na perfuração de um poço para análise. Toller afirmou que este poço terá 1.040 metros de profundidade. "Estamos finalizando a aquisição da Licença Ambiental", informou.

De acordo com o diretor técnico da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Ieure Amaral, a Sudema já inspecionou o local e agilizou todos os trâmites para o licenciamento ambiental para a instalação do poço exploratório de petróleo. "Para a emissão da licença ambiental estamos aguardando o documento que depende única e exclusivamente do interessado", comentou.

Ieure explicou que para a licença ser liberada, a Cowan deverá entregar o documento de anuência do superficiário para a instalação do poço exploratório de petróleo, que trata-se da permissão do proprietário da área onde será realizada a atividade de perfuração. O diretor-executivo da Cowan, Guilherme Santana, assegurou que a documentação será encaminhada ainda neste mês para que o calendário previsto se cumpra. "Queremos começar em agosto sem falta", afirmou.

O diretor revelou ter boas perspectivas em relação aos resultados da perfuração por causa da localização dos poços, embora tenha revelado que ficou receoso após as perfurações realizadas pela Petrobras e pela UTC Engenharia – que, no primeiro bimestre do ano passado, cavaram, sem sucesso, poços na região Oeste da Bacia do Rio do Peixe.

Informações Gerais sobre a Bacia do Rio do Peixe:

A Bacia do Rio do Peixe está situada no extremo oeste do estado da Paraíba, compreendendo três sub-bacias sedimentares (Brejo das Freiras, Sousa e Pombal), separadas por altos do embasamento e perfazendo uma área total de 1.250 Km2. A maior delas é a sub-bacia Sousa, com cerca de 675 Km2, seguida pela de Brejo das Freiras, com 500 Km2, e Pombal com 75 Km2.




A Petrobras adquiriu a concessão do bloco RIOP-T-41, onde forão feitas as perfurações, na 9ª rodada de licitações de blocos exploratórios promovida em 2007 pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Obteve em setembro de 2010, do Governo do Estado da Paraíba, a licença ambiental de instalação para perfuração dos primeiros poços na Bacia do Rio do Peixe, na Paraíba.



terça-feira, 17 de julho de 2012

Onze blocos no Estado serão ofertados para exploração

A área total em oferta é de 7.388 quilômetros quadrados, compreendidos na Bacia do Ceará

 
Com seu primeiro poço em águas profundas em fase de perfuração pela Petrobras, o Ceará tem a possibilidade agora de avançar na produção de petróleo. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) está ofertando 11 blocos em território cearense para exploração em sua 11ª Rodada de Licitações, cuja data para ocorrer permanece indefinida.


Ao todo, no País, 87 blocos em mar serão ofertados na rodada de licitações Foto: Agência Brasil

Todos os blocos têm profundidade entre 300 e 1.500 metros. A área total em oferta é de 7.388 quilômetros quadrados, dentro da Bacia do Ceará. O bônus mínimo previsto para a aquisição dos blocos é de R$ 47 milhões.

A Bacia do Ceará hoje só tem produção petrolífera em águas rasas (menor que 300 metros de profundidade), através dos campos Atum, Xaréu, Curimã e Espada, no litoral de Paracuru. Os volumes originais nestes campos foram estimados em 71,8 milhões de metros cúbicos de petróleo e 5,8 bilhões de metros cúbicos de gás.

Primeiro poço
 
Em maio deste ano, a estatal iniciou a perfuração do primeiro poço em águas profundas, a 1.400 metros de lâmina d´água. O poço fica na concessão da Petrobras no litoral de Paracuru, a 76 quilômetros da costa. A atividade está prevista para ser concluída até setembro próximo.

As novas áreas ofertadas pela ANP para licitação estão no setor denominado SCE-AP-3 (projeção da sub-bacia de Mundaú em águas profundas), dentro do campo de Atum. A agência aponta potencial para descoberta de óleo leve na região.

A Bacia do Ceará é uma das dez bacias brasileiras responsável pela produção de petróleo e gás do País. A exploração comercial começou em 1977, no campo de Xaréu. "Além dos campos produtores, a Bacia do Ceará possui numerosos indícios de petróleo e gás, identificados em mais de dezenas de poços", diz a ANP.

174 blocos
 
Ao todo, a ANP ofertará 174 blocos - 87 em mar e outros 87 em terra - em nove bacias sedimentares brasileiras: Barreirinhas, Ceará, Paranaíba, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Potiguar, Recôncavo e Sergipe-Alagoas.

A estimativa da agência é de arrecadar, no mínimo, cerca de R$ 200 milhões com os bônus de assinatura a serem pagos pelas empresas pelos blocos.

"Serão licitados cerca de 122 mil de quilômetros quadrados de áreas exploratórias em terra e em mar. Com isso, se todos os blocos forem arrematados, a área exploratória brasileira que atualmente é de apenas 314 mil km² e vinha diminuindo nos últimos anos, terá um crescimento de 40%", informou a ANP.

A 11ª Rodada será a primeira a ser feita com o novo modelo de contrato de concessão, e estava prevista para ocorrer neste semestre. Para que a rodada ocorra, porém, é preciso que seja definida a lei dos royalties, que tramita no Congresso Nacional.

Espera por definição

"Sem a definição em lei dos royalties, não é possível esperar que um concessionário faça uma oferta se não souber quanto o projeto irá render", defende a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Maria Chambriard, durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara na semana passada. (SS)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

P-59 é inaugurada na Bahia

A Petrobras batizou nesta sexta-feira (13) a plataforma P-59, no canteiro de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe (BA). A P-59 é uma plataforma de perfuração autoelevatória e será alocada primeiramente no poço exploratório Peroá Profundo, localizado no campo de Peroá, na costa do Espírito Santo.

A unidade poderá operar em locais onde a profundidade de água varia de 10 a 106 metros, com capacidade de perfurar poços de até 9.144 metros de comprimento, em condições de alta pressão e temperatura.

A estatal investiu cerca de US$ 360 milhões na construção da plataforma, projetada para atender aos cronogramas operacionais de exploração e produção da companhia nos próximos anos e dar suporte à eventual estratégia de incorporação de novos blocos exploratórios em águas rasas, dependente ainda de leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

A presidente da Petrobras, Graça Foster, destacou a tecnologia da unidade e a capacidade da companhia e da indústria nacional.

"Isso aqui é uma mostra muito grande do que está acontecendo no Brasil. A Petrobras tem orçamento aprovado de US$ 236,5 bilhões para o período 2012-16. Desses, US$ 131,6 bilhões dedicados à atividade de exploração e produção no Brasil. A nossa capacidade de produzir é uma realidade. Serão mais 33 sondas de perfuração com conteúdo local variando de 55% a 65%. Temos competitividade em prazo, qualidade, tecnologia e em custos", disse.

A presidenta da República, Dilma Rousseff, mencionou a retomada da indústria naval no país.

"Somos capazes sim de construir plataformas. Temos indústria, temos trabalhadores com grande capacitação. O que temos nesta plataforma, o que está aqui é um caminho de futuro", declarou.


A Plataforma

A P-59 é composta por um casco flutuante que pesa cerca de 11 mil toneladas, com três pernas retráteis independentes de 145 metros de altura cada e que podem movimentar-se para cima e para baixo por meio de sistema elevatório próprio (jack up). Será posicionada nas locações por rebocadores e as pernas serão apoiadas no leito marinho. Depois de fixada, a unidade permanece acima do nível da água, deixando o casco e os equipamentos de perfuração longe da movimentação das ondas do mar.

Os equipamentos de perfuração da P-59 serão montados no convés de perfuração, numa estrutura móvel retrátil que pode ser estendida para fora da plataforma. Isso permite o movimento da torre de perfuração tanto no sentido longitudinal como no transversal. Permite, também, a perfuração de um conjunto de poços sem que seja necessário realocar a plataforma.


A construção

A P-59 foi construída no canteiro de São Roque do Paraguaçu, de propriedade da Petrobras, onde também está em construção a P-60, unidade idêntica a ela, que deve ser concluída até agosto. Os contratos de construção das duas plataformas foram assinados em setembro de 2008 com o Consórcio Rio Paraguaçu. As unidades fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.

As obras geraram cerca 2.100 empregos diretos no pico da construção, dos quais 50% vindos do Recôncavo Baiano, 25% de São Roque, 15% de outros locais da Bahia e 10% de outros estados. A conclusão da P-59 é um importante marco para indústria naval brasileira e representa a retomada da produção nacional deste tipo de plataforma, já que há quase 30 anos não eram construídas, no País, unidades autoelevatórias similares.
 
Fonte: Tn Petróleo

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Entrevista com Denise Retamal

A 5X Petróleo desta semana é com a diretora executiva da RHIO´S Recursos Humanos, Denise Retamal. Na entrevista, a especialista em gestão de RH fala sobre o mercado de petróleo e gás e o perfil dos profissionais deste segmento.

1X) NN - Com o crescimento do setor de petróleo e gás no Brasil, muitos estudantes estão procurando cursos, estágios e empregos neste setor. Por conta disso, o mercado se torna cada vez mais competitivo e exigente. O que as pessoas devem ter em mente ao ingressar nessa área?

Denise Retamal - A grande maioria dos equipamentos e ferramentas usados para pesquisa, exploração e produção do petróleo e do gás natural são componentes mecânicos e de atuação hidráulica e/ou eletrônica. Portanto, se o jovem profissional tiver uma formação sólida nessas disciplinas poderá, tranquilamente, se inserir na indústria do petróleo e gás. Para que o jovem profissional adquira a expertise necessária para trabalhar na indústria de petróleo e gás, deve procurar cursos superiores como Engenharia Mecânica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Química e Geologia, assim como nível técnico em Construção e Montagem (Instrumentação), que são exemplos de carreiras altamente requisitadas pelo segmento nos dias de hoje. Certamente, continuará sendo assim nos próximos 10 ou 20 anos.

2X) NN - Como em qualquer outra área, o setor de petróleo e gás busca profissionais bem qualificados e experientes para exercer o trabalho. Qual é o perfil profissional que os empregadores da indústria de petróleo e gás buscam? 

Denise - O profissional deve possuir conhecimentos técnicos específicos da indústria, mas, ao mesmo tempo, multidisciplinares. Dominar idiomas estrangeiros, principalmente o inglês em nível avançado. Ter habilidade com as novas tecnologias também é necessário. Particularmente, acredito que definir uma carreira específica dentro do segmento e começar a construí-la desde a universidade ou curso técnico é essencial.

3X) NN- Atualmente, existe uma ausência de profissionais qualificados na indústria de petróleo e gás. Muitas empresas estão suprindo esta carência com mão de obra estrangeira. Por que é tão difícil encontrar esse tipo de profissional no mercado brasileiro e o que pode ser feito para reverter esse quadro?

Denise - A dificuldade está no descompasso entre os conhecimentos dos profissionais brasileiros e as exigências técnicas da indústria de petróleo e gás. Muitos jovens se graduam a cada ano, mas não possuem conhecimentos específicos e pertinentes a uma carreira no setor, assim como a mínima experiência para atuação no segmento. A solução é o investimento em carreira, com a escolha de um curso de graduação ou técnico que sejam a base para a construção da carreira. A capacitação para atuar na indústria de petróleo e gás deve ser perseguida através da realização de estágios, aquisição de conhecimentos em tecnologia, habilidade com idiomas e outras competências específicas do setor.

4X) NN - A senhora acredita que a indústria de petróleo e gás continuará em expansão e conseguirá absorver aqueles que querem trabalhar no setor? O que é maior: a oferta de mão de obra ou a demanda?

Denise - Nos dias de hoje, a demanda é maior do que a oferta. Isso deve persistir, pelo menos, durante os próximos cinco anos. A indústria da energia, que engloba o segmento de petróleo e gás, continuará a crescer em razão do crescimento da população e do desenvolvimento tecnológico do mundo. Assim, uma carreira bem definida e construída no segmento será um grande investimento do jovem profissional que decidir começar a se preparar desde agora.

5X) NN - A RHIO´S Recursos Humanos, além de ser uma consultoria especializada no recrutamento de profissionais para a indústria de petróleo e gás, também oferece programas voltados para este setor. Qual o perfil dos candidatos que buscam os programas e as consultorias da RHIO’S? Qual é o conselho que a senhora deixa para quem quer conseguir um emprego nesta área?

Denise - Através dos nossos programas de orientação de carreira RHIO´S JOBS OF THE FUTURE e do programa de estágio RHIO´S UTP, nós buscamos tentar ajudar o descompasso entre oferta e demanda em nossas indústrias de atuação. Isso é feito através da conscientização dos jovens de ensino médio e universitário sobre a importância da escolha certa e antecipada de uma carreira, e não simplesmente de um curso ou de uma profissão. Já o programa de desenvolvimento de carreira RHIO’S CAREER, busca orientar os profissionais já graduados sobre a importância da capacitação estratégia para um determinado segmento de atuação. O meu grande conselho para quem deseja fazer parte da indústria de petróleo e gás é a escolha antecipada e sob medida de uma carreira em um determinado segmento de atuação e capacitação.
 
Fonte: NN

 Notícias ANP diz que 12ª rodada incluirá AC, PI, MT, MA e PR

Durante participação em audiência pública da Comissão de Minas e Energia, realizada na quarta-feira (11) em Brasília, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, apresentou as regiões brasileiras com potencial de exploração de óleo e gás onshore. Segundo ela, a 12ª rodada de licitações de blocos de petróleo e gás poderá incluir os estados do Acre, Piauí, Mato Grosso, Maranhão e norte do Paraná.

A executiva aproveitou para reclamar do adiamento da votação da redistribuição dos royalties do petróleo (PL 2565/11), e disse que a indefinição sobre o valor a ser cobrado das empresas exploradoras impede a realização da 11ª rodada de licitação de áreas exploratórias, aguardada pelo setor e ainda sem data prevista.

“Sem a definição em lei dos royalties, não é possível esperar que um concessionário faça uma oferta se não souber quanto o projeto irá render”, justificou.

O relator do projeto, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), havia afirmado no último dia 3 que a proposta deverá ser votada somente depois das eleições de outubro. Já o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que, para a inclusão do projeto em pauta, será preciso definir um acordo entre os parlamentares, já que a proposta envolve interesses regionais, não somente partidários.

A postergação da retomada das rodadas, disse Chambriard, está prejudicando particularmente os pequenos produtores de campos terrestres, que aguardam a realizacao da 11ª rodada.


Multas maiores

No encontro, Magda Maria Chambriard também anunciou que o governo deve enviar ao Congresso um projeto de lei que eleva para até R$ 150 milhões a multa para petrolíferas que causarem acidentes com mortes ou derramamento de óleo. Hoje a penalidade máxima é de R$ 2 milhões.

A ideia que, segundo ela, está em fase de negociação final no governo, é fixar a multa máxima em R$ 30 milhões, que poderá ser multiplicada por cinco nos casos mais graves - chegando assim aos R$ 150 milhões. “Essa sim é uma multa compatível com o porte de uma grande petroleira”, disse a diretora-geral.

Mesmo com a aprovação dessa proposta, no entanto, os valores não serão aplicados no caso do vazamento causado pela Chevron no ano passado. O relatório da ANP sobre esse acidente, segundo Magda Maria, ficará pronto na próxima semana.


Gás

A diretora-geral da ANP disse também que não há poço sem indício de hidrocarbonetos na bacia do São Francisco, e que todos os poços perfurados até agora mostraram indícios de gás, mas não se sabe ainda se todos são comercialmente produtivos.

"Não há poços secos" na bacia do São Francisco, afirmou ela.

OGX inicia completação de poços produtores no Maranhão

A OGX e a MPX, em parceria com a Petra Energia, iniciaram este mês a etapa de completação dos poços de produção do campo de Gavião Real, na Bacia do Parnaíba, tendo em vista o início da produção de gás natural, previsto para o segundo semestre deste ano. As companhias são pioneiras no desenvolvimento de um projeto de produção de gás natural integrado à geração de energia elétrica na região.

A etapa de completação envolve um conjunto de operações que são realizadas após a perfuração dos poços com o objetivo de equipá-los para a produção. Até o momento, já foram perfurados 11 dos 16 poços que entrarão em atividade já este ano. A completação está sendo realizada pela sonda Tuscany 106, contratada para operar exclusivamente na região. As atividades das empresas no Maranhão passam a contar com um total de quatro sondas, sendo três unidades para perfuração de poços e uma para completação. Uma quinta unidade também é esperada para os próximos meses.

Em paralelo, as companhias seguem com a construção da Unidade de Tratamento de Gás (UTG) e de duas fases da Usina Termelétrica (UTE) Parnaíba, com capacidade instalada de 1.193 megawatts, ambas localizadas no município de Santo Antônio dos Lopes. A capacidade total licenciada da usina chega a 3.722 MW.

O gás produzido nos campos da região será destinado à UTE Parnaíba para geração de energia elétrica. A produção poderá chegar a 6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, volume capaz de aumentar em 40% a produção atual de gás em terra no Brasil.

A OGX e a MPX possuem oito blocos exploratórios na Bacia do Parnaíba, com área total superior a 24.500 km². As atividades de perfuração na região foram iniciadas em 2010.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Poço que HRT perfurou não tem capacidade de produção

RIO DE JANEIRO, 10 Jul (Reuters) - A HRT informou nesta terça-feira que concluiu, em parceria com a TNK-Brasil, a perfuração de um poço na bacia do Solimões, que se mostrou sem capacidade de produção.


A empresa perfurou o poço 4-HRT-7D-AM para testar a extensão para o sudoeste da descoberta de gás e condensado do poço 1-HRT-4-AM.

O poço está localizado no município de Tefé, estado do Amazonas, e foi perfurado pela sonda QG-VIII, da Queiroz Galvão  
                                 O poço 1-HRT-4-AM está localizado no município de Tefé, 
                         estado do Amazonas, e foi perfurado pela sonda QG-VIII, 
                         da Queiroz Galvão

Após a conclusão da perfuração, confirmou-se que a acumulação do primeiro poço não tem continuidadde para a direção perfurada, segundo a companhia.

A HRT informou que o poço 4-HRT-7D-AM está sendo abandonado mas que poderá haver um futuro aproveitamento.

O resultado impactou nas ações da empresa. Às 10h39 de Brasília, o papel, que não faz parte do Ibovespa, caía 4,80 por cento, a 5,95 reais, enquanto o índice caía 0,11 por cento.

A HRT informou, porém, que o resultado não amplia nem reduz a descoberta do poço 1-HRT-4-AM.
Os dois poços fazem parte do bloco SOL-T-194.

Segundo a empresa, com base nos dados será iniciado o estudo do potencial de produção dos reservatórios e um Plano de Avaliação será submetido à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Reuters

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dicionário Inglês Técnico de Petróleo


Pessoal, 

no arquivo abaixo encontra-se um dicionário com termos técnicos da indústria do petróleo em inglês. Muito útil para quem estar na área. 

Bom proveito

 Notícias Minas e Energia avaliará potencial petrolífero brasileiro em terra

A Comissão de Minas e Energia realizará audiência pública na quarta-feira (11) para discutir o potencial petrolífero brasileiro em terra. A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, foi convidada para presenciar o debate.

A audiência foi proposta pelo presidente da comissão, deputado Simão Sessim (PP-RJ). Ele lembra que, ultimamente, todos os esforços de pesquisa e grande parte dos investimentos passaram a direcionar-se para o pré-sal. “Enquanto isso, há supostamente um razoável potencial petrolífero em terra, cuja exploração é mais econômica e mais rápida. No momento em que estados disputam a participação em royalties que só poderão ser recebidos no futuro, deixa-se de investir em petróleo que pode ser extraído de imediato”, afirmou.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Projeto dos royalties do petróleo serão votados no segundo semestre


Os líderes partidários da base do governo decidiram, na terça-feira (3), adiar para o segundo semestre as votações dos projetos de lei que tratam da redistribuição dos royalties do petróleo e do fator previdenciário.

Segundo o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), não há “clima” para votação dos dois projetos antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18. “O principal motivo [para o adiamento] é que temos apenas duas semanas de trabalho e há várias medidas provisórias para serem votadas. Portanto, não há espaço de tempo para votar”, disse.

Segundo ele, por causa da importância dos temas para o país, é necessária a busca de entendimento para que tanto a União, como estados e municípios não saiam prejudicados com a votação dos projetos. Chinaglia acredita que os temas voltem à pauta logo após o fim do recesso. “Há essa intenção de votar no segundo semestre, vamos trabalhar para estarmos preparados para essa situação”, declarou.

De acordo com Chinaglia, na reunião que os líderes tiveram com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Garibaldi Alves Filho, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para tratar da votação do fim do fator previdenciário, foi analisada três situações: os que estão na ativa e querem se aposentar, os que se aposentaram sob as regras do fator previdenciário e os que vierem a se ingressar no regime da Previdência Social. “Os ministérios da Fazenda e da Previdência ficaram de levantar dados para verificar qual o impacto [da aprovação do fator previdenciário]”, disse.

Há também, segundo o líder do governo, a preocupação com aqueles que se aposentaram sob a vigência do fator previdenciário, quando o estado deixou de aplicar em aposentadorias mais de R$ 30 bilhões. “Então, qual é a preocupação? É que do ponto de vista das finanças públicas, em determinado momento, até por decisões judiciais, o estado tenha que desembolsar, da noite para o dia, mais de R$ 30 bilhões”, declarou.
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