segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PETROLEIROS DO RECÔNCAVO BAIANO ABREM "GUERRA" PELO DIREITO DE EXISTIR

Produtores nanicos de petróleo em terra no Brasil estão em guerra com o Conselho Nacional de Política Energética, ligado ao Ministério de Minas e Energia. Em guerra, não. Em guerrinha.

Microprodutores, se comparados ao tamanho da gigante Petrobras, eles reivindicam "apenas o direito de existir", segundo Anabal Santos Jr., secretário-executivo da Abpip, a Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás.

Carregam atrás de si, apoiando-os, prefeitos (de olho em aumento na arrecadação de impostos), pequenos produtores rurais (interessados em ceder um pedacinho de terra em troca de receber 1% do valor do petróleo extraído de sua propriedade) e um exército de técnicos qualificados (candidatos aos empregos gerados pelos novos campos).

A região do Recôncavo Baiano, de onde pela primeira vez aflorou petróleo no Brasil, nos anos 50, é uma das principais trincheiras desses pequenos petroleiros.

Mas eles também podem ser encontrados em mais Estados do Nordeste, no Espírito Santo e no Amazonas, onde se pratica a exploração do petróleo em terra (onshore).

O cenário destoa daquele a que a Petrobras acostumou o país, a partir do início da exploração da bacia de Campos (costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo), nos anos 1970, quando petróleo virou sinônimo de imensas plataformas em alto mar.

Em Mata de São João, município da Grande Salvador, os poços de petróleo afloram em meio a plantações de mandioca e pequenas criações, cercadas por morros verdes. Muitos ainda são daquele modelo cavalinho de pau -como os que se veem há cem anos no Texas (EUA).

No ano passado, a produção em terra de petróleo no Brasil foi de 182 mil barris por dia (ante um total de 1,9 milhão de barris diários, a esmagadora maioria do mar).

Mas a exploração em terra já foi de 220 mil barris/dia (2003). Essa contração mostra que a Petrobras, responsável por 98% da produção em terra, puxou o freio nos investimentos onshore.

A gigante chegou inclusive a devolver à União alguns campos terrestres com produtividade incompatível com a escala da empresa.

Na contramão do desinvestimento da Petrobras, os produtores independentes mais que triplicaram a sua produção entre 2006 e 2011, quando atingiram 3.000 barris/dia (480 mil litros de óleo diários, o volume de um cubo de oito metros de lado).

"É o olho do dono que engorda o gado", diz um produtor. Eles assumem: são nanicos, mas querem crescer.

A turma, contudo, reclama que não pode porque o governo, a quem compete regulamentar o setor, impede. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, apenas 6% das bacias terrestres brasileiras foram pesquisadas.

"Está mais do que claro que a Petrobras não quer investir nos campos em terra, que apresentam uma escala de produção antieconômica para uma empresa do porte dela. Então, por que não permitir que os independentes o façam?", pergunta Carlos Eduardo Arantes de Freitas, diretor da Alvorada Petróleo.

Os Estados Unidos abriram 4,5 milhões de poços em terra, ante apenas 23 mil no Brasil. Nos EUA, 30 mil produtores pequenos e médios, respondem por 40% da produção de petróleo.

No Brasil, hoje, o universo é de apenas 39 pequenos produtores. "Não estamos pedindo subsídio e redução de IPI e queremos pagar royalties e gerar empregos. Por que é tão difícil?", pergunta-se Freitas.

OUTRO LADO


"O Ministério de Minas e Energia não irá comentar o assunto", afirmou a assessoria de comunicação da pasta ao ser questionada pela reportagem a respeito do por que não se abrem novas rodadas de leilões de áreas em terra para a exploração por pequenos e médios produtores de petróleo.

Na Agência Nacional do Petróleo, a assessoria informou que as rodadas "de certa forma pararam para esperar uma definição a respeito da distribuição dos royalties do petróleo".

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

3ª Palestra - I Ciclo de Palestra da SPE UFBA

Pessoal a 2ª Palestra foi um sucesso, muitas pessoas gostaram e conseguimos arrecadar bastante kg de alimento. Aproveitando divulgando a próxima palestra do I Ciclo de Palestra do Capítulo Estudantil SPE da UFBA com o Eng. da Petrorecôncavo  Silas Oliveira com assunto intitulado:  "Gerenciamento da Rotina Adicionando Valores em Campos Maduros" . 


ATENÇÃO!! ATENÇÃO!!

O Evento será nesta próxima quinta (08/11/2012) e acontecerá no Auditório Magno Valente na Escola Politécnica da UFBA das 10h às 12h. 



ATENÇÃO: O evento será gratuito e sua vaga precisará ser confirmada no site abaixo:



Além de gratuito o Ciclo de Palestra pretende arrecadar alimentos não perecíveis para doar a uma instituição de caridade que futuramente será anunciada. A doação não é obrigatória, no entanto o participante que doar 1kg de alimento irá receber um cartão fidelidade, que após 10 palestras poderá ser trocado pelo certificado de participação no ciclo, com carga horária de 20 horas.

ATENÇÃO: Cada ponto de fidelidade deverá corresponder a 1kg  alimento e a presença em 10 palestras do Ciclo.

Contamos com sua participação!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

11ª Rodada da ANP-SHELL TEM INTERESSE EM TODAS AS ÁREAS DA 11ª RODADA


A Shell tem interesse em avaliar todos os ativos que vão compor a 11ª Rodada de Licitações de blocos de exploração de petróleo e gás pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para maio de 2013, bem como a primeira licitação para o pré-sal, anunciada para novembro pelo governo federal. "Não temos ainda a definição de quais vão ser os blocos. Estrategicamente, temos interesse em todos: offshore (no mar), onshore (terrestres), no Nordeste ou na margem equatorial. 

Vamos esperar a definição (das áreas) e fazer a análise técnica", afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araújo, em palestra organizada pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria, no Rio. Araújo afirmou que a prioridade da petroleira é ser operadora dos blocos que eventualmente arrematar, mas que não descarta atuar em parceria com outras companhias, como não-operadora. Segundo ele, a Shell considera a possibilidade de fazer alianças ou comprar áreas já em exploração por outras companhias. 

"A Shell faz a revisão de seu portfólio regularmente. Desinvestimos há pouco de alguns ativos, mas olhamos oportunidades frequentemente", disse. Para Araújo, a aquisição de ativos é uma alternativa para o crescimento no Brasil. Isso porque, a despeito de novos leilões, as áreas disponíveis para exploração deverão atingir os piores níveis em 2014. "As áreas estarão muito reduzidas. 

A outra alternativa é comprar áreas de quem já está produzindo", afirmou. O executivo ressaltou que a retomada dos leilões pela ANP vai garantir a manutenção e o crescimento da produção de petróleo e gás no País nos próximos anos. "Mais importante que os leilões do ano que vem é a retomada de leilões regulares", disse. Além de blocos offshore, a Shell tem expectativa sobre os blocos terrestres em que vê potencial de boas reservas de gás de xisto (shale gas) no País. 

Araújo preferiu não detalhar planos de exploração do gás não-convencional no Brasil. Em 2013, a empresa faz a primeira perfuração onde há potencial de presença de xisto. "Vamos depender dos leilões para ter uma ideia do potencial. Mas a Shell tem liderança nesse mercado e terá interesse em oportunidades", afirmou.

11ª RODADA - ANP PODE DEIXAR BLOCOS DE EXPLORAÇÃO FORA DA 11ª RODADA DE LICITAÇÕES



RIO - A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou que a agência e o Ibama devem deixar de fora "um ou outro" bloco de exploração de petróleo da margem equatorial que seriam oferecidos na 11ª Rodada de Licitações. O leilão de concessões ainda não tem data definida para ser realizado. "Em princípio, devem ser 170 blocos", disse Magda, frisando que não há um número definido ainda.

Segundo a diretora-geral da ANP, para que a 11ª Rodada seja realizada em maio de 2013, a nova distribuição dos royalties que está sendo discutida pelo Congresso precisa ser votada até janeiro.

Os blocos que devem ficar de fora, segundo Magda, serão retirados devido a dificuldades para seu licenciamento ambiental. Uma das mais aguardadas pela indústria, a 11ª Rodada também precisa do aval da presidente Dilma Rousseff para ser marcada.

As áreas sugeridas pela ANP foram aprovadas em abril de 2011 pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que na ocasião aceitou a sugestão de oferecer 174 blocos exploratórios em terra e no mar. O destaque são os blocos localizados nas cinco bacias sedimentares que formam a chamada margem equatorial - bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar - que tem similaridades geológicas com o litoral africano onde foram descobertos grandes reservatórios de óleo.Serão também oferecidos blocos nas bacias de Parnaíba, Espírito Santo, Recôncavo e Sergipe-Alagoas.

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